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O geossítio Cachoeira de Missão Velha está localizado no Sítio Cachoeira, a 3 km de distância da sede do município de Missão Velha. Historicamente, regiões próximas a rios são lugares habitados pelo homem em decorrência de uma melhor sobrevivência, portanto, existem vestígios de populações indígenas na Cachoeira, mais precisamente os índios Kariris, os primeiros habitantes da região. A geologia local é constituída por arenitos imaturos, de granulação média a muito grossa, com grãos angulares a subangulares, interpretados como fácies de sistemas fluviais entrelaçados. Níveis de ortoconglomerados ocorrem, sendo mais comuns na base, onde incluem fragmentos líticos do embasamento e clastos de feldspatos róseos bem preservados. Apresenta um padrão de paleocorrentes na Formação Cariri, notavelmente constante ao longo da bacia, indicando que a sedimentação não teve relação alguma com a geometria dos sítios em que depósitos da unidade estão preservados.

Localizado a 6 km do município de Missão Velha, o geossítio Floresta Petrificada do Cariri possui um relevo acidentado, resultante de eventos erosivos que deixaram expostos afloramentos de coloração avermelhada, os arenitos da Fm. Missão Velha. Geologicamente a Formação Missão Velha está sobreposta concordantemente a Formação Brejo Santo e tem espessura máxima de cerca de 200 m. É constituída por arenitos quartzosos, por vezes feldspáticos e/ou caolínicos, localmente conglomeráticos, portadores de abundantes troncos e fragmentos de madeira silicificada. Tudo isso atribui ao geossítio um valor científico-didático, principalmente pelas suas evidências paleobotânicas, que contribuem para identificar os aspectos fisiográficos da região no final do Jurássico e, contar a história da evolução geológica.

O geossítio Ponte de Pedra, localizado a 9 km da sede do munícipio de Nova Olinda é caracterizado por uma formação rochosa que liga duas partes separadas por um riacho, ficando assim com a função de uma ponte natural. É possível presumir que essa ponte serviu como trilha para povos antigos, visto que nas proximidades existem evidências arqueológicas de tal fato, como gravuras e pinturas rupestres além de restos de cerâmica constituídas por um material lítico usado por povos Kariris. Em termos geológicos, a ponte é resultado de um processo intenso de erosão hídrica sobre o arenito da Fm. Exu, depositada em contexto exclusivamente continental, fluvial de leques entrelaçados, encerrando a sedimentação cretácea na Bacia do Araripe. Seus arenitos são avermelhados finos a conglomeráticos, possuindo também intercalações sílticas.

No topo da Chapada do Araripe, a uma altitude de aproximadamente 750 m e, a 4 km do município de Santana do Cariri fica situado o geossítio Pontal de Santa Cruz. O mesmo é conhecido por permitir que as pessoas tenham uma visão panorâmica de parte da Chapada do Araripe, do grande vale do rio Cariús e do município de Santana do Cariri. No Pontal além da bela paisagem, possui um restaurante e parque infantil para os visitantes e, uma capelinha com um crucifixo a sua frente, símbolos religiosos utilizados para agradecer milagres e proteger a região de espíritos ruins, “assombração”, como relatam as lendas populares. Geologicamente esse local é composto por arenitos da Fm. Exu, os memsmos relatados para o geossítio Ponte de Pedra.